quarta-feira, dezembro 02, 2009

ONG prepara voluntários para trabalho na África

Projetos do IICD Michigan são voltados ao combate à pobreza e Aids

Ir para a África. Na maioria das vezes é um dos lugares que vem à cabeça de quem pensa em fazer algo relacionado à solidariedade e trabalho voluntário. Algo aparentemente ainda distante da realidade das pessoas seja pela posição geográfica ou pelo condicionamento do cotidiano. Na escola IICD Michigan (Institute for Internacional Cooperation and Development), na pequena cidade americana de Dowagiac, isso não parece tão distante.

A instituição prepara voluntários do mundo todo para enviá-los ao continente africano. O programa tem custos semelhantes ou menores aos de um programa de intercâmbio comum, mas com o diferencial de gerar desenvolvimento. Para matricular-se no programa o voluntário precisa apenas ter mais de 18 anos, vontade de ajudar e pagar uma taxa que cobrirá seus custos durante o tempo que permanecerá no IICD em treinamento.

O IICD é uma ONG (Organização Não-Governamental) que treina esses voluntários para trabalhar em projetos da Humana People to People, parceira que opera em 40 países em estado de pobreza com a finalidade de promover desenvolvimento. A Humana People to People tem trabalhos na África, Ásia, Europa, América do Norte e América Latina. São mais de 225 projetos que atendem a mais de 7,5 milhões de pessoas nas áreas de saneamento básico, HIV e AIDS, educação, agricultura, meio ambiente e desenvolvimento comunitário.

O programa de voluntariado é dividido em três períodos. Inicialmente, o voluntário vai para um instituto em Michigan para um treinamento de seis meses, onde aprenderá como gerar desenvolvimento em um país em estado de pobreza. A preparação consiste em conhecimentos práticos que serão necessários no enfrentamento em campo: cursos de línguas estrangeiras, economia e cultura do país em discussão. Nesse período convive-se com pessoas de diversos países e diferentes culturas, o que acaba por ser também uma parte enriquecedora do programa.

Com o devido treinamento e após levantamento de renda, o voluntário parte para a África (África do Sul, Zâmbia ou Moçambique), onde se encaixará em uma dos projetos desenvolvidos nessas regiões, etapa que também tem seis meses de duração. Na volta, o voluntário tem ainda uma última etapa nos Estados Unidos em um dos centros, para compartilhar suas experiências com os voluntários que ainda estão em treinamento.


Serviço:

Contato: IICD - Institute for International Cooperation and Development
Tel.: +1 269 591 0518
Skype: danielsbalmeida
e-mail:brazilinfo@iicdmichigan.org

Website: http://www.iicdmichigan.org/

quinta-feira, junho 25, 2009

Blog temporariamente fora do Ar

quinta-feira, setembro 25, 2008

O Pnad e o Mestre-teaser*

“A taxa de analfabetismo das pessoas com mais de 15 anos caiu de 14,7% para 10%, no entanto, persistia um número elevado de pessoas que não sabiam ler ou escrever: 14,1 milhões de analfabetos, dos quais 9 milhões eram pretos e pardos e mais da metade residia no Nordeste” (dados do site do IBGE)
Mas o que quero abordar nesse texto não é bem isso. Quero defender uma nova idéia que me surgiu hoje durante uma aula de pós-graduação. Infelizmente, somente agora. É que entendi em plena especialização, logo após 2º e 3º graus, que o nosso sistema de ensino é falho não somente pelas questões levantadas pelo IBGE.
É defeituoso porque cheguei a conclusão de que toda pessoa na sua formação deve ter uma espécie de Mestre. Não do tipo mestre das artes marciais, mas um Mestre-teaser (*a palavra em inglês teaser quer dizer provocador) dos conhecimentos. Tipo aquele professor que você tem no primário que nunca vai esquecer, o problema é que no primário o máximo que é ensinado tem um aprofundamento de uma matéria segregada das demais, que provavelmente não trará grandes funcionalidades no futuro.
Hoje, 25 de setembro, vi um exemplo do professor vencedor do Prêmio Victor Civita 2008 da Abril, no estado de São Paulo. Esse sim um verdadeiro Mestre-teaser. Seu método, que faz lembrar Edgar Morin e sua Reforma do Pensamento, consiste em ensinar matemática nas escolas públicas utilizando outras matérias, como o próprio português, por exemplo. O Professor solicita a seus alunos durante a aula que descrevam como efetuaram as equações matemáticas da lição de casa em frente toda a turma, portanto desenvolvendo a oratória (que tanto faz falta no futuro).
Não sou nenhum educador e não tenho a responsabilidade de inventar uma nova forma de educar, isso foge do meu escopo de atuação. Mas aqui escrevo como discente que conheceu alguns destes teasers. O ideal de Mestre-teaser que tenho em mente seria aquele guiaria seu discípulo por caminhos tortuosos do conhecimento até que ele encontrasse a tranqüilidade que a sabedoria carrega.
Na prática, seria uma espécie de guia do conhecimento. Sem arbitrariedades é claro. A sua missão seria guiar aquele que está em busca de conhecimentos, a fim de evitar a demanda inútil de informações nessa época de cibercultura de massa. Indicar-lhe grandes leituras coniventes com os passos do seu amadurecimento intelectual. Não adianta um Friedrich Nietzsche aos quinze anos de idade, pelo menos em tese.
No momento em que o Mestre-teaser percebesse que o discípulo está pronto para adentrar uma biblioteca e não mais ver somente retângulos amarelados empilhados, então ele está pronto para alçar seus próprios vôos.
O professor pode deixar então que ele tenha as habilidades de vôo daquele personagem do que pode ter sido do primeiro livro indicado por ele, Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach.

segunda-feira, março 17, 2008

Video Documentário: Distorcida

duração: 11:10

O documentário aborda a violência entre Torcidas Organizadas do estado de São Paulo. Entre os principais entrevistados: José Trajano (ESPN), Rodrigo Mattos (Folha de S. Paulo), Bruno(torcedor organizado), Carlos Alberto Máximo Pimenta (Sociólogo e estudioso das Torcidas Organizadas).

Ficha Técnica:

Direção: Daniel Salles Branco de Almeida

Assistente de Direção: Marcio Nogueira e Marília Cucatti

Roteiro: Daniel Salles, Karla Camargo, Márcio Nogueira, Marília Cucatti

Equipe de Realização: Carlos Zaguetto Neto, Daniel Salles, Gabriela Matarazzo, Júlio Sodré, Karla Camargo, Klaus Lautenschlaeger, Marcio Nogueira e Marília Cucatti.

Trabalho realizado pelos alunos do 8º semestre de Jornalismo da Unimep (2004-2007)

segunda-feira, novembro 19, 2007

Política, página fora do baralho...ops! ...da revista

Hoje tomei uma decisão que irá afetar minhas futuras leituras de revista semanais: vou boicotar toda e qualquer matéria que esteja relacionada à política.
Daqui pra frente só quero saber de notícias isentas politicamente, como uma que li essa semana sobre de um menino que achou ser o filho do Spiderman, o que lhe deu coragem(ou burrice) bastante para salvar heroicamente um bebê de uma casa que pegava fogo. Bonita história, que envolvendo personagens fictícios como o Homem-aranha, parece mais verdadeira do que o que constatamos no Congresso Nacional diária e incessantemente.
Tratarei as matérias político-conspiratórias com o mesmo desdém que trato as propagandas de cartões de crédito, que nem entendo porque existem tantas já que somos um povo f***** que acha que tem crédito, e ignorantes o bastante para usá-lo achando maravilhoso ter uma fatura ao fim do mês a pagar, mas isso é uma outra história.
Por falar em propagandas, fiz uma pequena, rápida e irritante contagem e cheguei a um surpreendente número capitalístico. Das 146 páginas da revista, 80 eram de advertisement.
Por sorte (ou azar) meu, nem tudo estava perdido na tal revista semanal. O nome nem deve ser mencionado, pois todas pertencem à mesma espécie com apenas variações nos métodos, mais ou menos como um ladrão de galinha e um ladrão de colarinho branco. Não se ofendam colegas também sou da espécie dos jornalistas, e a culpa não esta em nosso DNA, e sim no sistema.
Ao continuar a leitura resolvi intensificar o boicote. Lembrei que nossas “amigas” semanais espalham uns tais nominados colunistas com direito a foto ao lado e um resuminho da vida de label. Eles também têm papel político disfarçado de formadores de opinião, portanto, pem! Descartados também.
O que me sobrou, agora? Só Grazi dizendo que a novela em que ela está atuando na Globo se passa no – pasmem! - século 30 ... ah, e meu troco de R$2,10.
P.S.: Sem querer ser polêmico ou bandido, mas quem quiser essas revistas em .pdf for free vá em degracaemaisgostoso.blogspot.com. Não fui eu quem colocou, então suas cabeças são seus guias...

quinta-feira, outubro 25, 2007

Sitcom Disease

Hoje decidi falar de algo fútil, menos sério do que os últimos posts, e que não é engraçado para muitos. Para mim é. Se possível passo o dia assistindo a sitcoms pulando de Warner para Fox, depois voltando à Sony e até me aventurando pelo AXN.
Quanto mais assisto mais vejo o brilhantismo dos roteiristas e redatores de tais shows. Os sitcoms são o tipo de coisa que ou você ama ou você odeia. E há muita explicações para isso. Geralmente os que odeiam ou nunca assistiram ainda a ponto de ignorar aquelas risadinhas que são realmente chatas (acredite, at some time you don´t even listen to them anymore) ou então não tiveram um relacionamento muito intimo com a língua inglesa, pois as legendas tem o dom de estragar a piada.
Se os caras dizem “Ele não consegue digerir milho” em função de seus hábitos alimentares de “mocinha”, os tradutores trocam para “ele não pode comer muito”, vai saber se eles acham tal frase engraçada. Enfim, eles estragam mesmo.
Não se pode falar de Sitcoms sem citar os clássicos. Seinfeld é um grande exemplo de sitcom bem sucedido (acabou porque cada ator pediu um salário de 1 milhão de dólares por episódio), a famosa comédia sobre o “nada”. A série mãe de Friends, ambientada também em New York, é o exemplo da genialidade desses seriados. Não há enredo, começo nem fim. Muitas vezes é bizzara, mas o que chama atenção mesmo é a construção da personalidade dos personagens. Você fica intimo e é aí que está o ponto.
Quem assiste Friends sabe que o Joey é mulherengo, fala “How U Doing?!” e é meio burro. Quando acontece alguma coisa em algum episódio já esperamos uma reação condizente com seu estilo de vida, como se antecipássemos o que eles vão fazer em cada situação. Mad About You também é um dos meus preferidos nesse quesito. Conhecemos os elementos da vida do casal feliz que, no entanto, não parece um enlatado. Eles têm conflitos que remetem mesmo à vida cotidiana dos casais.
Na nova geração ponto para Scrubs, principalmente porque nunca houve nada parecido. Mostrar um hospital de uma forma cômica é um grande desafio, mas ao mostrar os devaneios de um monte de médicos loucos o seriado adquire uma leveza incrível e faz rir muito.Um episódio inteiro e você provavelmente será diagnosticado em breve com a “doença dos sitcoms”, e não se assuste se um dia se pegar assistindo Frasier no meio da tarde, ou ainda pior, ficar com vergonha por ser audiência de Ewerwood ou Gilmore Girls.
O segundo já assisto graças à Lorelai.

segunda-feira, julho 23, 2007

Uma prata vale mais que mil palavras

Obs: foto Yahoo!, e essa não é Érica Miranda, mas não se apegue ao visual, nem sempre "importa".


Que mania chata o brasileiro tem de passar a mão na cabeça dele mesmo por tudo. Na cobertura jornalística do Pan não tem sido diferente. Para tudo se tem uma desculpa. Se perde no atletismo foi o calor; no futebol zebra; mas às vezes, como na final feminina do judô, somos prejudicados, protestamos pela arbitragem e nos sentimos culpados. É que no Brasil é estranho protestar contra roubos.
Numa luta na final do judô feminino o juiz foi injusto e Érika Miranda foi derrotada pela cubana Sheila Espinosa, o que gerou uma briga chefiada por Aurélio Miguel fora do tatame. Após um exagero de marcação do juiz, que deu a medalha de prata à nossa atleta, a torcida se revoltou e o técnico da cubana ainda fez um deboche para a torcida brasileira em nossa própria casa.
A partir daí formou-se um imenso circo. Os narradores de todos os canais de televisão começaram com seus discursos moralistas: “Esse não é o esporte, o esporte é união...”, e outras baboseiras mais. Acordem! Fomos roubados e ainda debocharam nas nossas caras! Aliás, como é feito tantas vezes.
Minutos depois voltaram as atletas cubanas e brasileiras de mãos dadas e abraços, pois era o último dia do judô e não podia-se “queimar o filme” no Panamericano com uma briguinha de torcida na cidade da bala perdida.
No final de toda a encenação armada os narradores bradavam: “Essa é a beleza do esporte”...e outro referindo-se à nossa brasileira de prata no segundo lugar mais baixo do pódio: “Ela está chorando de emoção”.
Emoção o c....!! Ela estava era p... da vida narrador de m....!
Até no esporte há essa hipocrisia em relação à verdade, assim como na política e tudo mais nesse país, como se fôssemos umas bestas cegas. A imprensa tem a mania de querer transformar o que vemos com nossos próprios olhos em outra coisa, e o pior é que acabamos acreditando. Então fica a pergunta: Será se o pan está tão lindo assim como estão nos mostrando?